«Numa verdadeira tarde de Primavera, após as apresentações ainda junto à Estação de Campanhã, os nossos participantes dirigiram-se Rua da Estação acima, em direcção à Casa Amaral.
À nossa espera, estavam o Sr. Martinho Freitas e o seu filho, Álvaro Freitas. Como sempre nas nossas cash mobs, antes das compras ouvimos um pouco sobre a história do estabelecimento e uma breve narrativa sobre o Porto de outrora, do parque de carroças a cavalo junto ao cais de mercadorias da estação, alugadas para transportarem sobretudo cereais para toda a cidade. Ouvimos falar de um tempo em que Campanhã era uma freguesia com várias indústrias importantes, dos armazéns de cereais e de vinho, das oficinas da CP, de uma zona da cidade cheia de vida. Difícil hoje de acreditar que o coração da cidade já chegou a passar e a bater bem forte por aqui. No tempo em que a viagem de rabelo de Baião ao Porto custava oito escudos, para quem não se podia dar ao luxo de pagar os 14 escudos do comboio e não tinha pressa em chegar...
Depois de partilhar connosco algumas histórias e referências a tarefas regulares de uma mercearia há 30-40 anos, o Sr. Martinho mostrou-nos como era embalado o artigo a granel, servindo-se de papel mata-borrão grosso, chamado de papel de mercearia, para fazer cartuchos.
Entretanto, o aroma a café não podia ser ignorado. Nessa altura, viraram-se as atenções para os moinhos de café e para a moagem da mistura da casa – 40% de café, 30% de chicória e 30% de cevada. A mistura ideal para arrebitar logo pela manhã!
Feitas as compras, que foram em grande parte dedicadas à época da Páscoa, com amêndoas de todas as cores, sabores e feitios, ainda houve tempo para uma mini-caça aos ovos da Páscoa…
E pronto, chegava a hora de nos despedirmos.
Foi com enorme prazer que a Cash Mob Porto fez este mês compras na parte oriental da cidade e, mais precisamente, na Casa Amaral. Ao Sr. Martinho e seu filho Álvaro, agradecemos toda a amabilidade com que nos receberam e todo o saber transmitido.
Aos nossos dedicados e fiéis mobbers, poucos mas absolutamente fantásticos, uma palavra de agradecimento por continuarem a acreditar no projecto, apesar do nulo apoio que temos tido por parte da autarquia.
Por fim, não chegam as palavras para agradecer e louvar a Junta de Freguesia de Campanhã, que se fez representar na pessoa da Dra. Susana Pereira, que mostrou grande entusiasmo pela iniciativa e esteve sempre ao nosso lado desde o primeiro contacto. Quem sabe não lhe vamos novamente bater à porta daqui a uns tempos...»
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